Quem Somos
FUNDAÇÃO
Fundada em 15 Outubro de 2015, como este formato somos pioneiros em Portugal no treino e modificação comportamental para cães e famílias.
No entanto, a nossa jornada começou em 2010, quando ajudamos a moldar novos comportamentos tanto em tutores quanto em cães por meio da CÃOportamento Animal, uma precursora da Dogga que evoluiu para a marca que conhecem hoje: @Dogga.
Nascemos com uma visão moderna e inovadora, focada em criar parcerias sociais entre tutores e cães. Através de abordagens profissionais e avançadas, continuamos a formar-nos e a trabalhar para entender e aprimorar os comportamentos, procurando sempre a harmonia e o bem-estar de todos os membros da família, de duas e quatro patas.
Na Dogga, estamos sempre comprometidos em proporcionar uma experiência educacional de qualidade, utilizando métodos modernos para alcançar resultados reais. A nossa história é marcada pela evolução constante e pelo desejo de tornar as relações entre humanos e cães mais significativas e gratificantes.
Junte-se a nós nesta jornada, onde o passado molda o presente e o futuro é construído a cada interação positiva entre tutores, cães e famílias.
Bem-vindos à Dogga – onde a aprendizagem e a compreensão criam laços que duram toda a vida.
MISSÃO
Na Dogga, estamos sintonizados com as necessidades do mundo moderno e trabalhamos incansavelmente para criar harmonia entre os nossos amigos caninos e as famílias urbanas. Compreendemos os desafios que surgem do estilo de vida agitado da sociedade atual – o tempo escasso, os compromissos inadiáveis e a busca por equilíbrio.
A nossa missão para além sermos “os advogados do cão” é orientar as famílias na jornada de integração do cão de companhia no contexto familiar, proporcionando um ambiente saudável e acolhedor. Reconhecemos a importância de superar os obstáculos que vêm com a vida urbana, enquanto nos esforçamos para criar relações saudáveis entre tutores e cães.
É daí que surge o nome “Dogga” – uma fusão criativa das palavras em inglês “Dog” (cão) e “Yoga”. Assim como o yoga busca harmonia entre mente e corpo, nós buscamos a harmonia entre cães e famílias, promovendo a união e o entendimento mútuo.
Não treinamos apenas, nós transformamos! Cada um dos nossos alunos, desenvolve as competencias sociais necessárias para se transformar num cão “zen”, um autentico “Yoga Dog” – um Dogguinha cheio de equilibrio.
Em 2019 expandimos os nossos serviços para alcançar um público ainda maior. Ano após ano, deixamos uma marca positiva ao educar cerca de 800 familias, cerca de 1000 cães ano.
Temos a noção que esta transformação é mais do que individual; é uma mudança que impacta a todos. É com orgulho, que afirmamos, que ao redefinir a educação canina em Portugal, estamos a impulsionar uma revolução social que ressoa nas famílias e nos seus “companheiros peludos.“
Hoje a DOGGA é sinónimo de instalações modernas, abrangendo cerca de 1500mt2 de espaço interior e exterior, no coração da cidade do Porto. Aqui, a nossa metodologia “force free” é a estrela, priorizando a educação positiva e recusando qualquer forma de agressão, ou seja, uma abordagem verdadeiramente “aversive free”.
“Não é apenas treino; é transformação, é evolução, é a revolução de como entendemos e partilhamos a vida com os nossos amigos caninos.”
Explore um pouco mais o nosso site, onde encontrará sugestões práticas e uma abordagem moderna para nutrir essa relação especial que tem com o seu “melhor amigo”.
“Estamos aqui para ajudar a transformar desafios em oportunidades e a construir uma conexão duradoura que enriqueça a vida de todos os envolvidos.”
“Junte-se a nós neste caminho e descubra o que significa ser parte de algo verdadeiramente extraordinário.”

As nossas Certicações
Garantir qualidade nos resultados! Vivemos numa era em que o acesso à informação é fantástico. No entanto, sabemos que “o conhecimento académico” não é o mesmo que “o conhecimento do YouTube”. Existem muitos profissionais que reivindicam competência na área da educação e modificação comportamental de cães, mas não conseguem entregar os resultados esperados pelos tutores devido à falta de qualificações. É por isso que as certificações desempenham um papel fundamental.
As certificações fazem toda a diferença e representam um selo de qualidade, profissionalismo e satisfação. Cada vez mais, as pessoas procuram os melhores técnicos ou especialistas, e a maioria dos clientes já está consciente disso. As certificações também ajudam a educar o público sobre a importância de escolher profissionais certificados e reconhecidos internacionalmente, mesmo que a profissão ainda não seja regulamentada em Portugal.
Como pode identificar um profissional certificado? Os institutos de referência mundial atribuem SIGLAS, e é por isso que um profissional qualificado ostenta com orgulho essas siglas após o seu nome. Por exemplo: Pedro Runa IMDT Dip.TC.”
Estabelecer um programa de certificação fortalece a reputação de uma profissão. Embora ter cumprido com sucesso um programa de certificação, não seja uma garantia de sucesso nos resultados, a certificação diz ao cliente, que o profissional em questão, procurou um programa de certificação, testou os seus conhecimentos e foi aprovado.
Educação e Formação: Para obter uma certificação, os profissionais geralmente passam por um extenso programa de educação e treino. Isso significa que eles têm um conhecimento sólido das teorias, práticas e técnicas mais atualizadas no campo do treino ou comportamento animal.
Padrões Éticos: Organizações certificadoras muitas vezes estabelecem padrões éticos rigorosos que os profissionais devem seguir. Isso inclui o tratamento humano dos animais, a privacidade do cliente e a conduta profissional geral. Esses padrões garantem que os profissionais atuem de maneira responsável e compassiva.
Métodos Baseados em Ciência: Certificações frequentemente exigem que os profissionais utilizem métodos baseados em ciência, o que significa que as suas abordagens são fundamentadas em pesquisas científicas sólidas sobre o comportamento animal. Isso proporciona aos clientes uma maior confiança de que os métodos empregados são eficazes e seguros.
Aprendizagem Contínua: A manutenção da certificação geralmente exige que os profissionais continuem a aprender e a atualizar-se em relação às novas descobertas e técnicas. Isso garante que eles permaneçam atualizados e capazes de oferecer os melhores serviços aos clientes e aos seus animais de estimação.
Avaliação de Competência: Para obter a certificação, os profissionais muitas vezes passam por avaliações rigorosas, que podem incluir testes práticos, avaliações de habilidades e exames teóricos. Isso demonstra que eles têm as habilidades e conhecimentos necessários para desempenhar as suas funções com eficácia.
Garantia de Qualidade para Clientes: Para os clientes, a certificação é uma garantia de que estão a trabalhar com um profissional que atende a determinados padrões de qualidade. Isso oferece paz de espírito e confiança de que estão a tomar as melhores decisões para o bem-estar dos seus animais de estimação.
Em resumo, a certificação é uma maneira de garantir que os profissionais tenham a educação, treinamento e ética necessários para fornecer serviços de alta qualidade no campo do treino ou comportamento animal. Isso beneficia tanto os profissionais quanto os seus clientes e, acima de tudo, os animais de estimação envolvidos
Todas as certificações técnicas da Dogga Academy for dogs são individuais e renováveis.
Não, eles desempenham papéis distintos. Um comportamentalista é um académico, um investigador, alguém profundamente envolvido na ciência do comportamento dos cães. Normalmente, é aquela pessoa que busca entender todos os detalhes que influenciam o comportamento canino. Ele investiga os antecedentes e as consequências dos comportamentos e procura soluções para modificá-los. Essa análise é essencial para o sucesso na modificação comportamental. O comportamentalista compreende que os comportamentos são moldados pelo ambiente, tanto interno quanto externo. Portanto, ele trabalha para alterar esse ambiente, visando criar mudanças favoráveis no comportamento. A certificação desses profissionais é mais desafiadora de obter, pois requer uma compreensão académica aprofundada.
Por outro lado, um treinador é um técnico. Ele identifica problemas comportamentais e encontra soluções práticas e eficazes para resolvê-los. Deve ser criativo na adaptação do ambiente, focado na análise e na obtenção de resultados, simpático e compreensivo com os tutores, calmo com os cães, ágil na aplicação de técnicas e organizado nos detalhes. A certificação para treinadores é mais acessível, pois se concentra principalmente na parte técnica.
Em primeiro lugar, é importante compreender que um veterinário é um especialista em saúde animal, ou seja, um fisiologista, e não um comportamentalista, que é especializado em comportamento animal!
Um veterinário pode oferecer orientação em questões simples, com base na sua experiência. No entanto, quando os problemas são mais complexos ou as orientações do profissional de saúde animal não resolvem o problema, é aconselhável consultar um comportamentalista.
Na sua formação académica, os veterinários têm uma disciplina de Etologia, que abrange um semestre com um total de 60 horas. Nessa disciplina, eles estudam o comportamento de diversas espécies, incluindo aves, anfíbios, cavalos, coelhos, tartarugas, ovelhas, cabras, bovinos, cães, macacos, gatos, animais exóticos, entre outros. No entanto, devido à vastidão de espécies abordadas, os veterinários podem não ser a melhor opção para resolver problemas específicos de educação ou comportamento do seu cão.
Um comportamentalista de cães estuda uma variedade de matérias, conteúdos e disciplinas relacionadas com o comportamento animal e a modificação comportamental canina. As áreas de estudo típicas incluem:
Etologia Canina: Esta é a disciplina central que se concentra no estudo científico do comportamento dos cães. Isso inclui a compreensão dos padrões de comportamento natural dos cães, a comunicação entre cães, as respostas a estímulos ambientais e muito mais.
Aprendizagem e Condicionamento: Os comportamentalistas de cães estudam os princípios do aprendizado animal, incluindo o condicionamento operante e clássico. Isso ajuda a entender como os cães aprendem e como os comportamentos podem ser modificados.
Psicologia Canina: Esta área envolve o estudo da mente e das emoções dos cães. Compreender a psicologia canina é fundamental para abordar problemas comportamentais.
Comportamento Agonístico: Isso inclui o estudo de comportamentos agressivos e outros comportamentos de confronto entre cães e com outros animais ou pessoas.
Comportamento Alimentar: Os comportamentalistas de cães estudam a relação entre a alimentação, o comportamento alimentar e os problemas de comportamento relacionados com a alimentação.
Comportamento Social e Comportamento Maternal: Isso envolve o estudo das interações sociais entre os cães, incluindo comportamento de maternidade e criação de filhotes.
Treino de cães: Embora os comportamentalistas não sejam treinadores no sentido tradicional, eles estudam técnicas de treinamento canino para auxiliar na modificação de comportamento.
Patologia Comportamental: Isso inclui o estudo de problemas comportamentais graves e distúrbios psicológicos em cães, como ansiedade de separação, fobias e compulsões.
Terapia Comportamental: Os comportamentalistas desenvolvem estratégias e técnicas de terapia para abordar problemas de comportamento específicos em cães.
Ética e Legislação: Comportamentalistas devem estar cientes das questões éticas envolvidas no tratamento de animais e das leis relacionadas ao bem-estar animal.
Comportamento de Raças Específicas: Algumas raças de cães têm características comportamentais específicas que requerem estudo adicional.
Além disso, os comportamentalistas de cães podem manter-se atualizados com as últimas pesquisas científicas e desenvolvimentos na área do comportamento animal. Eles também podem participar de programas de formação e certificação específicos para aprimorar as suas habilidades e conhecimentos. A educação contínua é fundamental para se tornar um comportamentalista de cães competente e eficaz.
Guia de principios
Caro Médico Veterinário
Na área do treino e comportamento animal, existem várias organizações profissionais que oferecem desde a associação à certificação. No entanto, apenas algumas delas têm padrões rigorosos que envolvem a aplicação de métodos científicos e a prioridade em evitar causar qualquer tipo de dano.
Infelizmente, o setor de treino de animais de estimação não possui regulamentação, o que significa que praticamente qualquer pessoa pode se autodenominar treinador ou comportamentalista. Isso levou a que pessoas que se autodenominam treinadores de cães, continuem a utilizar métodos punitivos, como arremessar discos, correções sonoras com “não” e, em alguns casos, até ferramentas mais extremas, como coleiras de choque, coleiras estranguladoras e coleiras de picos. Surpreendentemente em pleno século XXI, todas essas práticas ainda estão em uso. São ferramentas de treino que, na realidade, têm apenas um objetivo: reduzir ou eliminar comportamentos através do uso da dor e do medo. Essa abordagem é completamente diferente de uma abordagem construtiva, na qual os comportamentos desejados são cultivados e reações emocionais problemáticas são modificadas através do uso de reforço positivo e contra condicionamento.
O treino de animais de estimação moderno, baseia-se em protocolos científicos. Como disse Friedman (2010), na área da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), há um padrão estabelecido há 40 anos que promove procedimentos para reduzir o comportamento problemático de maneira mais positiva e menos intrusiva, também conhecido como Intervenção Comportamental Menos Restritiva (LRBI).
No entanto, ainda existem treinadores que optam por não adotar essa abordagem e não informam devidamente seus clientes sobre os métodos e equipamentos utilizados. Surpreendentemente, esses treinadores ainda podem ser membros de instituições, associações e conselhos profissionais, pois muitas dessas organizações não exigem que os seus membros prestem contas pelos métodos de treino que empregam, e não fazem qualquer tipo de fiscalização. Por isso torna-se muito fácil para um tutor de cães, enganar-se ao procurar um profissional de treino ou comportamento.
Treinadores de cães que ainda seguem métodos punitivos costumam utilizar termos antiquados, como “dominância”, “líder da matilha” e “cão alfa”, os quais já foram refutados por cientistas e especialistas em comportamento canino como inadequados e imprecisos quando aplicados aos cães. Além disso, muitos desses treinadores persistem em usar métodos de treino que são baseados em protocolos aversivos, considerados obsoletos e prejudiciais – tanto do ponto de vista físico quanto psicológico (veja as declarações de posição da American Veterinary Society of Animal Behavior na documentação de apoio abaixo).
Num congresso educacional para profissionais de treino e comportamento canino, realizada em novembro de 2016 nos EUA, a ilustre veterinária, especialista certificada em comportamento animal, autora e conselheira de algumas instituições de referencia mundiais, Dra. Karen Overall, deixou claro: “A teoria da dominância tem bloqueado a investigação científica e infiltrou-se até mesmo na medicina, ao ponto de acharmos que podemos forçar os animais a ‘submeterem-se’… a teoria da dominância é insidiosa e enraizou-se em tudo o que fazemos com os cães, e está errada. Ela tem atrapalhado a ciência moderna e eu já estou farta disso. Tudo o que fazemos com os cães prejudica-os, porque não os vemos como indivíduos ou parceiros cognitivos.” (Overall, 2016).
Os cães são seres inteligentes e emocionais, capazes de sentir medo, ansiedade e alegria. Estão sujeitos às mesmas leis comportamentais que qualquer outro ser vivo. Utilizar métodos que forcem os cães a obedecer, recorrendo a repreensões verbais ameaçadoras ou impondo desconforto através de linguagem corporal intimidante ou contacto visual não estreita os laços entre humanos e caninos, nem cria um ambiente propício para uma aprendizagem saudável. Pelo contrário, submeter repetidamente um animal de estimação a estímulos aversivos pode levá-lo a um estado de “desligamento”, em que o comportamento é suprimido globalmente. Isso é frequentemente confundido com um animal “treinado”, uma vez que pode parecer submisso e não apresentar comportamentos problemáticos. Em casos extremos, os cães podem recusar-se a realizar qualquer comportamento, o que é conhecido como “desamparo aprendido”. Nestas situações, os animais podem tentar isolar-se para evitar os estímulos aversivos. Este cenário é claramente contraproducente para o treino de novos comportamentos mais adequados (O’Heare, 2011).
Para que a punição seja eficaz no treino de um cão, ou de qualquer outro animal, é necessário cumprir três elementos críticos: consistência, timing e intensidade. Em primeiro lugar, a punição deve ser aplicada sempre que ocorrer o comportamento indesejado. Em segundo lugar, deve ser administrada dentro de, no máximo, um ou dois segundos após o comportamento. Em terceiro lugar, deve ser suficientemente desagradável para interromper o comportamento. No mundo real, fora dos laboratórios científicos, cumprir estes três critérios é praticamente impossível para um profissional de treino de cães, e muito menos para um proprietário de cães.
Segundo a professora de psicologia, Dra. Susan Friedman (citada anteriormente), que tem liderado a aplicação da análise do comportamento aplicado a animais em cativeiro e de companhia: “A punição não ensina aos cães o que fazer em vez do comportamento indesejado. A punição não ensina aos tutores como ensinar comportamentos corretos. A punição, na realidade, consiste em dois eventos aversivos – o início de um estímulo punitivo e a privação do reforço que tem mantido o comportamento indesejado no passado.” (Friedman, 2010). O que é particularmente preocupante para profissionais de treino de cães é que a punição requer um aumento na intensidade do estímulo aversivo para manter a redução do comportamento.
Todos os animais são movidos pela comida. Ela é essencial para a sua sobrevivência, tornando-se um reforço primordial e um elemento vital quando usado com discernimento num plano de treino ou numa estratégia de gestão. Para os especialistas em comportamento animal que se dedicam a programas de mudança comportamental, nos quais é necessário alterar a resposta emocional condicionada de um animal de estimação perante um estímulo problemático, a comida desempenha um papel fundamental. Ao modificar comportamentos observáveis, como rosnar, saltar e morder, frequentemente manifestações de estados emocionais como o medo e a ansiedade, o objetivo é transformar a resposta emocional subjacente, permitindo ao cão aprender novos comportamentos mais adequados.
É importante compreender que o medo não é um comportamento, mas sim uma emoção. Não pode ser simplesmente “treinado”. Na realidade, o medo muitas vezes está na base de comportamentos agressivos, exigindo a aplicação de protocolos científicos específicos e um entendimento mais profundo da aprendizagem emocional e do comportamento animal. A revisão da literatura científica recomenda o uso de comida como reforço em protocolos de dessensibilização sistemática e contra condicionamento, especialmente desenvolvidos para abordar as emoções subjacentes ao medo e/ou à ansiedade. Na prática, utilizar comida para condicionar contrariamente as respostas emocionais é o método mais amplamente aceite para tratar comportamentos enraizados no medo (Overall, 2013).
“Relação positiva,” “métodos naturais,” “construção de laços afetivos,” “totalmente positivo,” e “sem necessidade de recompensas alimentares” são slogans frequentemente usados por escolas de treino de cães nas suas campanhas de marketing. O uso destas expressões atraem os tutores de cães que podem não compreender completamente as várias abordagens de treino disponíveis e as consequências não intencionais de tomar a decisão errada.
A Dogga Academy for Dogs, com sede na cidade do Porto – Portugal, é uma das instituições que reúne profissionais de treino comprometidos exclusivamente com métodos de treino que não envolvem o uso da força. A DOGGA mantém o seu staff em conformidade com padrões éticos rigorosos, protocolos baseados em evidências científicas e um compromisso com a transparência. Eles nunca recorrem a dispositivos ou técnicas de treino aversivas. A base do seu trabalho é sempre assegurar que não causam danos.
Como Escolher um Profissional de Treino ou Comportamento
A Dogga enfatiza que os educadores de cães, não necessitam nem concordam em utilizar métodos baseados em correções ou estímulos aversivos para treinar, cuidar ou gerir qualquer tipo de animal. Dispositivos e métodos que dependem de uma “resposta de sobressalto” ou de uma reação de alarme para prevenir comportamentos como ladrar, saltar, rosnar ou qualquer outro comportamento problemático são desnecessários e cruéis.
Ramirez-Moreno e Sejnowski (2012) definem a resposta de sobressalto como uma “reação defensiva amplamente inconsciente a estímulos súbitos ou ameaçadores, como ruídos ou movimentos bruscos”, que está “associada a emoções negativas.” Lang, Bradley e Cuthbert (1990) afirmam que a resposta de sobressalto (ou reflexo aversivo) “aumenta durante um estado de medo e diminui num contexto emocional agradável.” Estes e muitos outros especialistas em comportamento canino consideram o uso da resposta de sobressalto como uma técnica de gestão ou treino que explora o medo como motivação. As consequências diretas podem incluir o sofrimento (intencional ou não) de stress e dor em um animal por parte de um dono ou treinador e, como mencionado acima, medo generalizado, supressão de comportamento, desamparo aprendido e/ou agressão redirecionada no próprio animal.
Para resumir, citamos Jean Donaldson, fundadora e instrutora principal da The Academy for Dog Trainers, autora do best-seller “The Culture Clash”: “O treino de cães é uma profissão dividida. Não somos como encanadores, dentistas ou exterminadores de térmitas que, se colocar seis deles numa sala, concordarão basicamente sobre como fazer o seu trabalho. Os campos de treino de cães são mais parecidos com republicanos e democratas, todos concordando que o trabalho precisa de ser feito, mas diferindo muito sobre como fazê-lo.” (Donaldson, 2006).
Portanto, a pergunta fundamental para os profissionais veterinários que necessitam de encaminhar os seus clientes (pacientes) para um treinador de cães ou comportamentalista é se: “Irão encaminhar aqueles que promovem métodos que incluem dor e medo como motivação? Ou aqueles que utilizam abordagens mais modernas, baseadas em protocolos científicos comprovados e que priorizam não causar danos físicos ou psicológicos ao animal? Antes de tomar uma decisão, a Dogga aconselha os profissionais veterinários e os tutores de cães a fazerem uma pesquisa aprofundada, pois muitos métodos de treino e mudança de comportamento baseados no medo podem ser habilmente camuflados, na forma como são apresentados aos tutores dos cães que desconhecem os seus riscos.
- Donaldson, J. (2006). Talk Softly and Carry a Carrot or a Big Stick? Academy for Dog Trainers Blog.
- Friedman, S. (2010, March). What’s Wrong with This Picture? Effectiveness Is Not Enough. APDT Journal.
- Lang, P.J., Bradley, M. M., & Cuthbert, B.N. (1990, July). Emotion, attention, and the startle reflex. Psychological Review 97 (3), 377-395.
- O’Heare, J. (2011). Empowerment Training. Ottawa, ON: BehaveTech Publishing
- Overall, K.L. (2016, November). Current Trends: Beyond dominance and discipline. Paper presented at the Pet Professional Guild educational summit, Tampa, Florida. (Cited in Nilson, S. (2017, January). Beyond Dominance. BARKS from the Guild (22) 10-11).
- Overall, K.L. (2013). Manual of Clinical Behavioral Medicine for Dogs and Cats. St. Louis, MO: Elsevier Saunders
- Ramirez-Moreno, D.F., & Sejnowski, T.J. (2012, March). A computational model for the modulation of the prepulse inhibition of the acoustic startle reflex. Biological Cybernetics 106 88888(3) 169-176.
Documentos de suporte
Secção Um: Princípios Inegociáveis
Para fazer parte do staff da Dogga Academy for Dogs, é fundamental que todos os colaboradores sigam um código de conduta rigoroso.
Os colaboradores entendem que “Livre de Força” significa que não recorrem ao educar cães a:
- dor
- força
- medo ou compulsão
A Dogga promove o uso de protocolos de treino com base em condicionamento operante com base em reforço positivo ou com o uso de castigo negativo. Acreditamos que todos os programas de treino e modificação comportamental devem ser conduzidos em conformidade com os nossos princípios orientadores, uma vez que estes promovem o bem-estar físico e emocional dos cães.
Secção Dois – Ética profissional dos colaboradores da Dogga
O bem-estar do cão é sempre a nossa maior prioridade. Uma vez que os animais não podem dar o seu consentimento informado, entendemos que são a parte vulnerável no processo de consulta ou de educação. Não são eles que nos escolhem.
O papel dos nossos profissionais é sempre beneficiar o cão, nunca o prejudicar.
Não apoiamos nem endossamos tratamentos por parte dos tutores de cães que sejam fisicamente ou mentalmente cruéis, e não participamos em ações ou eventos que possam ir de contra o nosso código de ética profissional.
Aceitamos apenas consultas de tutores cujos problemas estão dentro da nossa área de competência profissional.
Utilizamos apenas procedimentos, protocolos e ferramentas de treino baseados em evidências comprovadas e com um histórico de sucesso.
Garantimos a confidencialidade das comunicações com os nossos clientes, exceto em casos de maus-tratos a animais, nos quais agimos em conformidade com a lei portuguesa em matéria de denúncia de crueldade animal.
Reconhecemos que os tutores de cães são responsáveis pelos seus animais, e têm o direito de tomar as suas próprias decisões sobre o tipo de tratamento profissional dos seus companheiros sociais.
Asseguramos que todas as comunicações sejam profissionais e baseadas em factos. Quando discutimos práticas, tendências ou questões da indústria, focamo-nos nas práticas e consequências, em vez de criticar as pessoas que as utilizam. Desta forma, tentamos sempre promover debates informados, profissionais e respeitosos, enriquecendo assim os nossos alunos e colaboradores e a indústria de profissionais de educação de cães sem recorrer a métodos coercivos.
Aplicamos os seguintes princípios éticos a todas as situações que enfrentamos:
- Respeito pela liberdade e dignidade dos outros.
- Não causar danos.
- Fazer o bem.
- Agir com justiça.
- Ser fiel às promessas feitas.
- Nenhuma definição pode ser tão abrangente e explícita a ponto de abranger todas as situações possíveis. Isso é evidente em todos os aspetos da vida e, de forma mais óbvia, no sistema legal português onde frequentemente os tribunais não conseguem concordar com uma única interpretação do que termos e definições significam, incluindo a ideia de força física.
- Reconhecendo essa complexidade, entendemos, no contexto dos nossos princípios orientadores e como um ponto de partida geral, a força física como sendo ” qualquer ação física intencional realizada por um ser humano que causa dor, prejuízo físico ou dano psicológico ao cão. Isso pode incluir métodos de treino que envolvem o uso de punições físicas, como bater, enforcar, puxar com força ou qualquer outra ação que cause desconforto ou sofrimento físico ou emocional ao cão.”
- É importante notar que o uso da força em cães é amplamente desencorajado e considerado ineficaz, além de ser antiético por muitos profissionais de treino de cães e organizações de bem-estar animal. Em vez disso, métodos de treino baseados em reforço positivo e no entendimento do comportamento canino são preferidos para promover o bem-estar e a relação saudável entre cães e seus tutores.
Na Dogga, almejamos um mundo onde a relação entre seres humanos e cães é uma fonte inesgotável de alegria e benefício mútuo. Visualizamos um cenário em que os animais de estimação não apenas existem, mas florescem, desfrutando de vidas livres de dor física ou angústia mental. Neste mundo, os cães são celebrados como membros valiosos das famílias, contribuindo para a felicidade e o equilíbrio emocional de todos os envolvidos.
Compreendendo a Importância da Convivência Positiva
A nossa visão é impulsionada por uma profunda compreensão da importância da convivência positiva entre humanos e cães. Acreditamos que os cães são seres sencientes, capazes de sentir emoções, formar laços e aprender de maneira constante. Portanto, é nosso dever garantir que a relação entre humanos e cães seja construída sobre uma base de respeito, cuidado e compreensão mútua.
Promovendo o Bem-Estar e a Saúde Mental
No mundo que imaginamos, os cães não apenas sobrevivem, mas prosperam. Eles vivem vidas livres de dor física, stress e medo. Reconhecemos que o bem-estar físico e mental dos cães é fundamental para o seu desenvolvimento saudável. Portanto, nossa visão inclui garantir que todos os cães desfrutem de cuidados adequados, alimentação saudável, exercícios regulares e um ambiente livre de situações traumáticas.
Cães como Membros Especiais da Família
Em nossa visão, os cães são considerados membros especiais das famílias. Eles são tratados com amor, respeito e consideração. Seus tutores dedicam tempo para compreender suas necessidades individuais, proporcionando-lhes um ambiente que promova a felicidade, a sociabilização e o desenvolvimento adequado. Cada cão é valorizado não apenas por sua lealdade, mas também por sua singularidade como ser vivo.
A Importância do Treino Positivo
Acreditamos que o treino de cães deve ser baseado em métodos positivos, que promovam a aprendizagem e a cooperação. Os profissionais de treino de cães desempenham um papel crucial na realização desta visão, orientando tutores a compreender e se conectar com seus cães de maneira positiva. Valorizamos a abordagem ética, cientificamente fundamentada e gentil ao treino de cães, reconhecendo que é a chave para uma convivência saudável e harmoniosa.
Juntos Rumo a um Futuro Melhor
Na Dogga, estamos comprometidos em trabalhar incansavelmente para tornar esta visão uma realidade. Acreditamos que, ao educar, apoiar e inspirar tutores e profissionais de treino de cães, podemos criar um mundo onde cães e humanos vivam em harmonia, desfrutando de uma relação verdadeiramente enriquecedora. Juntos, podemos transformar essa visão num futuro melhor para todos.
Na Dogga, assumimos o compromisso de transformar cada animal de estimação em um membro valioso da família, enriquecendo a relação e elevando a qualidade de vida compartilhada entre pessoas e dos seus leais companheiros. A nossa missão é fundamentada em três princípios essenciais que norteiam nosso compromisso com o bem-estar dos animais:
- Excelência em Treino Cientificamente Fundamentado: Buscamos constantemente fornecer treino baseado em evidências científicas que valoriza o poder da aprendizagem positiva. Acreditamos que cada animal merece ser tratado com respeito e compreensão, utilizando métodos gentis e eficazes para desenvolver habilidades e comportamentos desejáveis. Nossa promessa é proporcionar o mais alto nível de treino, livres de coerção, garantindo uma relação qualidade-preço excecional para cada cliente.
- Compromisso com a Integridade e a Compaixão: A integridade é o alicerce de nosso trabalho. Estamos dedicados a demonstrar compaixão e empatia em todas as interações com nossos clientes (tutores) e com os seus caes. Valorizamos a confiança que nossos clientes (tutores) depositam em nós e prometemos atuar com ética e transparência em todos os momentos. Entendemos que cada cao é único e merece ser tratado com carinho, consideração e respeito.
- A Busca Contínua da Inovação e do Conhecimento: A evolução é a chave para o sucesso. Estamos comprometidos em expandir constantemente nosso conhecimento e aprimorar nossas habilidades para servir nossos clientes de maneira mais eficaz. Mantemo-nos atualizados com as últimas descobertas em treino de cães, técnicas de condicionamento e cuidados, garantindo que nossos clientes tenham acesso aos métodos mais modernos, inovadores e eficientes disponíveis.
Juntos Rumo a uma Relação Mais Rica com os Nossos Companheiros de Quatro Patas: Na Dogga, acreditamos que, juntos, podemos criar um mundo onde a convivência com nossos animais de estimação seja uma experiência enriquecedora e repleta de alegria. Nossa missão é compartilhar nosso conhecimento, paixão e compromisso para garantir que cada animal desfrute de uma vida feliz, saudável e gratificante ao lado de sua família humana. Estamos prontos para embarcar nessa viagem consigo, rumo a uma relação mais rica com os nossos leais companheiros de quatro patas.
Na Dogga, assumimos um compromisso inabalável com o bem-estar dos cães e a satisfação dos seus dedicados tutores. O nosso compromisso é baseado numa série de princípios essenciais que refletem nosso profundo respeito e paixão pelos animais:
- Utilização Responsável do Conhecimento e Competência: Comprometemo-nos a aplicar nosso conhecimento e habilidades em prol dos cães e dos seus tutores. Acreditamos que cada cão merece ser tratado com respeito e dignidade, e é nosso dever usar nossa perícia para promover o seu bem-estar.
- Prática Profissional Consciente e Digna: Assumimos a responsabilidade de exercer nossa profissão com consciência, dignidade e ética. Cada ação que tomamos é guiada pela compreensão de que a integridade é a base de nossa relação com animais e pessoas.
- Compromisso com a Melhoria Contínua: Vemos a aprendizagem como um processo contínuo e vitalício. Comprometemo-nos a buscar constantemente aprimorar o nosso conhecimento e a nossa competência profissional, garantindo que estejamos sempre atualizados com as melhores práticas e inovações em cuidados e educação de cães.
- Padrões Profissionais e Éticos Elevados: Adotamos os mais elevados padrões profissionais e éticos em todas as nossas interações e práticas comerciais. A nossa conduta exemplar visa a promover a confiança e a qualidade em tudo o que fazemos.
- Tratamento de Clientes com Respeito e Empatia: Comprometemo-nos a tratar nossos clientes (tutores) com respeito, bondade e consideração em todos os momentos. Reconhecemos que, além dos cães, os tutores também são parte fundamental da equação, e as suas preocupações e desejos são sempre levados em conta.
- Parceria com Proprietários Responsáveis: Trabalhamos em estreita colaboração com os tutores de cães que compartilham os nossos valores e compromissos. E valorizamos muito aqueles que:
- Desfrutam da interação, brincadeiras e momentos compartilhados com seus animais de estimação.
- Que vem o cão, como um companheiro social e não como um objeto material, ou como algo para alcançar um estatuto social.
- Integram seus animais de estimação em suas famílias e investem tempo em ensiná-los a viver harmoniosamente na sociedade humana.
- Reconhecem e valorizam os benefícios dos métodos de treino gentis e sem coerção.
- Compartilham nosso compromisso em promover o bem-estar físico, social e mental dos seu(s) cão(aes).
Na Dogga, acreditamos que, ao cumprir este compromisso, estamos a contribuir para um mundo onde cada cão é amado, respeitado e desfruta de uma vida feliz ao lado de uma família comprometida.
Na Dogga, acreditamos que nossos valores fundamentais são o alicerce da nossa missão, orientando nossas ações e decisões em todos os momentos. Esses valores refletem nosso compromisso inabalável com o bem-estar dos animais de estimação e nosso compromisso com práticas éticas e eficazes:
- Não Causar Danos: Em primeiro lugar, comprometemo-nos a não causar danos a nenhum cao sob nossa responsabilidade. Os nossos princípios éticos proíbem estritamente qualquer forma de dano, seja físico ou emocional. Cada ação que tomamos visa garantir que os animais sob nossa supervisão desfrutem de uma vida livre de dor, medo e sofrimento.
- Abordagem “Holística” e Livre de Coerção: Adotamos uma abordagem “holística” no nosso treino e cuidados com caes. Isso significa que consideramos não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e ambiental de cada animal. Os nossos métodos de educação são gentis, livres de coerção e baseados na compreensão profunda das necessidades naturais de cada espécie.
- Bem-Estar Físico, Emocional e Ambiental: Entendemos que o bem-estar de um animal de estimação é uma combinação de fatores físicos, emocionais e ambientais. Comprometemo-nos a proporcionar a cada animal sob nossa tutela uma vida que promova sua saúde física, estimule seu bem-estar emocional e proporcione um ambiente enriquecedor.
- Ética e Integridade em Todas as Ações: Nossas ações são guiadas pela ética e pela integridade. Mantemos os mais altos padrões éticos em todas as interações e decisões relacionadas aos animais de estimação e com os seus tutores. Acreditamos que, ao agir com integridade, ganhamos a confiança daqueles que confiam seus queridos animais a nós.
- Promoção do Conhecimento e Compreensão: Comprometemo-nos a promover o conhecimento e a compreensão sobre os caes. Oferecemos orientação e educação aos proprietários para que possam compreender melhor as necessidades e comportamentos dos seus animais e, assim, construir relacionamentos mais profundos e significativos.
Na Dogga, nossos valores fundamentais são mais do que simples palavras; eles são o alicerce de tudo o que fazemos. Estamos empenhados em fornecer cuidados e educação que promovam o bem-estar total dos animais de estimação e enriqueçam a vida deles e de suas famílias. Através da nossa abordagem holística e do nosso compromisso com a não coerção, aspiramos a um mundo onde cada animal de estimação possa prosperar, crescer e desfrutar de uma vida plena, cercado por amor e respeito.”
O nosso Diretor Técnico – acumula funções de Head Trainer & Behaviour Consultant ( treinador principal e comportamentalista ) têm um extenso curriculum técnico e académico adquirido internacionalmente, nos últimos 8 anos tem feito aproximadamente 1000 consultas por ano, é o responsável técnico na Dogga Academy por cerca de 180 cães por semana, e por mais de 40 treinadores formados por si. É ainda membro dos seguintes institutos de referência mundial:
Prémios


A nossa Metodologia

Os cães são naturalmente seres sociais, curiosos e inteligentes. Se não lhes ensinarmos, eles aprenderão por conta própria, o que nem sempre é o ideal. No entanto, com o conhecimento adequado, socialização, treino positivo, jogos e interações, podemos fortalecer a ligação entre cão e dono. Isso resulta em maior liberdade, segurança, respeito, confiança e, como consequência, um cão mais equilibrado e uma família ainda mais feliz!
Independentemente de nos procurar na nossa academia para treino ou educação familiar, ou para modificar comportamentos, estamos aqui para ajudar a construir uma relação positiva com o seu cão. Utilizamos EXCLUSIVAMENTE o TREINO POSITIVO e promovemos a ESTIMULAÇÃO COGNITIVA para alcançar os melhores resultados.
Frases sobre comportamento e educação de cães
Ensine o seu cão com amor, não com medo! Os cães felizes e educados, são ensinados com reforço positivo. Recompense os comportamentos bons, e redireccione os maus.
Um dos grandes equivocos sobre o comportamento, é dá-lo como garantido! Qualquer treinador mediocre de cães lhe irá dizer que dar um comportamento como garantido, num determinado cão, de uma determinada raça, é incorreto!
No que diz respeito ao processo de sociabilização, a iliteracia dos tutores e da maioria dos profissionais está desatualizada. A sociabilização é um processo, constituido por habituação, educação e socialização. Esta é sem duvida a mais importante competencia que um cão pode adquirir na nossa sociedade.
O treino positivo é a única forma da aprendizagem do cão que é construída com base na confiança e respeito mútuos necessários, para que possam fazer escolhas corretas sem danificar a relação entre o cão e o tutor.
A interrupção voluntária ou involuntaria, dos tutores, ao reagirem a um comportamento incorreto de um cão, está na origem da criação de comportamentos alternativos ou de substituição. Até aqui, nada de novo! O que pode surpreender os tutores, é que os alternativos, podem de facto ser bem piores.
A socialização é muito diferente de exposição! Talvez por isso, a maioria dos cães hoje em dia, desenvolve problemas sociais graves, com origem numa deficiente socialização!
Ensinar o cão a não puxar na trela! Ao dizer esta frase o profissional está a cometer 3 erros.
. Ensinar o cão a não puxar á trela não é um comportamento
. Puxar a trela é o resultado de diferentes motivações do individuo
. Só podemos ensinar o cão a andar ao lado e ao ritmo do tutor
O treino de cães, é um processo em constante evolução!
No século XX o pensamento sobre o comportamento, era de que se tratava de uma caracteristica, gene, que estava dentro do individuo. No século XXI e para bem de todos os cães, a ciencia explica muito bem, que o comportamento é afetado pelas condições ambientais, sejam elas externas ou internas!
O que não fazemos ❌







Aos tutores de cães e profissionais veterinários
Teoria da Dominância no Treino de Animais
A Dogga Academy for Dogs defende que a teoria da dominância é um método obsoleto e aversivo de interagir com os animais, baseado em dados incorretos e mal interpretados, o que pode resultar em danos na relação entre o animal e o humano e causar problemas de comportamento no animal.
Em vez disso, a Dogga advoga por procedimentos eficazes de treino animal centrados no uso do behaviorismo, a ciência natural do comportamento que enfatiza pressupostos científicos naturais e evita especulações e construtos teóricos para explicar o comportamento.
O behaviorismo tem duas principais vertentes: a análise experimental do comportamento, que identifica princípios básicos do comportamento, e a análise do comportamento aplicada, que aplica princípios básicos do comportamento para mudar comportamentos problemáticos em ambientes da vida real. Além disso, a Dogga defende que o público em geral que possui animais de estimação deve ser educado por instituições sobre a teoria da dominância e os muitos problemas que ela pode criar para os animais. Esta posição é consistente com os principais etólogos da atualidade.
Definição
A teoria da dominância, ou “domínio social” como construto etológico descrevendo características de uma relação social, aborda a gestão de conflitos sociais, incluindo, mas não se limitando à alocação de recursos limitados, através do exercício de controlo e influência. Isso ocorre de forma a minimizar o risco de agressão evidente, através do uso de comportamentos de exibição ritualizados convencionalizados. Essa minimização de risco envolve uma avaliação custo-benefício dos benefícios de buscar vencer um conflito social específico em relação ao provável custo associado de perder o conflito (O’Heare, 2004).
Esta definição descreve apenas interações entre seres da mesma espécie; nunca é usada na ciência para descrever ou rotular interações entre espécies diferentes. Em vez disso, a American Society of Veterinary Animal Behaviorists observa na sua declaração de posição em 2008 contra o uso da teoria da dominância na modificação de comportamento de animais que “a maioria dos comportamentos indesejados nos animais de estimação não está relacionada com o acesso prioritário a recursos; em vez disso, resultam da recompensa acidental de comportamentos indesejados” (AVSAB 2008).
Fundamentos da Teoria da Dominância no Treino de Animais
A ideia de que os humanos devem exercer controlo físico sobre os animais foi amplamente popularizada na década de 1970 no livro “How To Be Your Dog’s Best Friend” dos Monges de New Skeete, que recomendava o “alpha roll” para lidar com comportamentos indesejados. O “alpha roll”, em que um humano vira um cão de costas e o imobiliza até que mostre comportamentos de submissão, baseava-se em estudos da década de 1960 de lobos cativos mantidos numa área pequena demais para o seu número e composta por membros que não seriam encontrados juntos numa alcateia na natureza. Essas condições resultaram em um aumento nos conflitos, nos quais um lobo parecia dominar outro lobo. No entanto, o conhecimento científico atual revogou as descobertas desses estudos, reconhecendo que esse comportamento não é típico de lobos que vivem na natureza (Mech, 1999). Apesar dessas descobertas e da grande disparidade de comportamento entre lobos e cães, a teoria da dominância tornou-se popular e continua a ser um estilo de treino amplamente difundido para cães de estimação.
Aplicação da Dominância à Relação Humano-Animal
Os etólogos concordam que, embora a teoria da dominância não descreva interações entre espécies diferentes, é frequentemente aplicada ao treino de animais de uma forma que promove “relações adversárias” entre o animal e o humano. O termo é frequentemente usado para rotular comportamentos de “contra controlo” do animal, muitas vezes como resultado de estimulação aversiva e coerção. Em resumo, a teoria da dominância é um construto contraproducente que distrai da relação funcional entre o comportamento e o ambiente, e que na verdade causa e explica comportamentos (O’Heare).
Conclusão
A posição da Dogga é que todo o treino deve ser conduzido de forma a motivar os animais e focar-se no uso do behaviorismo, e que todos os membros do seu staff devem encorajar e usar a análise funcional para identificar e resolver comportamentos problemáticos. Além disso, a Dogga e os seus colaboradores evitam ativamente o uso incorreto do termo “dominância” e todos os métodos de treino que empregam a teoria da dominância. “
Artigos
Using ‘Dominance’ To Explain Dog Behavior Is Old Hat, Science Daily. Click aqui para ler o artigo
Canine Dominance: Is the Concept of the Alpha Dog Valid? Current research challenges the idea of the alpha dog. Published on July 20, 2010 by Stanley Coren, Ph.D., F.R.S.C. in Canine Corner Click aqui para aceder ao artigo
Dominance in Dogs is not a personality trait. Dr. Sophia Yin. Click aqui para ler o artigo
Artigos cientificos
The American Veterinary Society of Animal Behavior (AVSAB) Position Statement on The Use of Dominance Theory in Behavior Modification of Animals. Click aqui para ler
Steinker, A. (2007). Terminology Think Tank: Social dominance theory as it relates to dogs, Journal of Veterinary Behavior 2, 137-140. Click aqui para aceder ao artigo
John W.S., Bradshaw , Emily J., Blackwell , Rachel A., Casey. Dominance in domestic dogs — useful construct or bad habit? Journal of Veterinary Behavior: Clinical Applications and Research, May/June 2009, Pages 135-144 Click aqui para aceder ao abstrato
L. David Mech (1999) (PDF). Alpha status, dominance, and division of labor in wolf packs. Click aqui para aceder ao artigo
Videos educacionais
Dr. L. David Mech talks about the terms “alpha” and “beta” wolves and why they are no longer scientifically accurate. Click aqui para aceder ao video
Socialização de cachorros: Criar super cães desde o primeiro dia
Na Dogga, acreditamos que a base para um animal saudável e bem socializado começa com um treino eficaz e ajuda a prevenir problemas de comportamento. É importante que todos os tutores de animais de estimação sejam educados por instituições para garantir que os seus cães vivam em ambientes acolhedores e estáveis, o que contribui para prevenir problemas de comportamento.
A Importância da Socialização no período critico ou precoce:
Defendemos a socialização adequada de filhotes como vital para o desenvolvimento saudável dos cães, com o período ideal de socialização começando ás quatro semanas de idade e continuando até os quatro meses. Consideramos esse período como o mais crítico para a socialização de cães. A Dogga defende que a socialização deve ocorrer em conjunto com as vacinações dos cachorros, em vez de esperar até que todas as vacinas estejam completas, pois isso pode resultar na perda do período crítico de socialização.
De acordo com a American Veterinary Society of Animal Behavior, “os cachorros podem iniciar aulas de socialização a partir de 7-8 semanas de idade e devem receber pelo menos um conjunto de vacinas pelo menos 7 dias antes das primeiras sessões e um primeiro desparasitante. As vacinas devem ser mantidas atualizadas durante o período.
Problemas de Falta de Socialização Adequada:
O período de socialização de cachorros (de 4 a 16 semanas) é crucial para influenciar o temperamento, o caráter e o comportamento de um cão e para evitar problemas de comportamento futuros. Prevenir problemas é muito mais eficaz do que tentar corrigi-los quando o cão está mais velho. A falta de socialização adequada pode resultar em comportamentos indesejados, como ladrar inapropriado, mastigação, ansiedade de separação, agressão e reatividade em geral. Esforços inadequados na socialização podem causar medos previsíveis e imprevisíveis. A socialização adequada aumenta a confiança do próprio cão, tornando-o mais fácil de lidar, treinar e examinar, reduzindo significativamente o risco de mordidas.
Conclusão:
Criando Cães Confiáveis e Felizes: Na Dogga, acreditamos que a socialização de cachorros deve ser abrangente e promover a confiança do cachorro. As aulas de cachorros devem se concentrar no uso do behaviorismo, com ênfase no reforço positivo. O processo de socialização deve começar com a estimulação neurológica precoce e terminar com a exposição diária a estímulos novos, proporcionando um ambiente movimentado e intermitentemente ruidoso com uma variedade significativa de interações que estimulem todos os 5 sentidos. A socialização deve incluir a exposição suave a novas pessoas e outros cães saudáveis e vacinados, diariamente, com uma variedade de estímulos visuais, sonoros, olfativos e táteis, incluindo diferentes superfícies (passeios, relva, areia, cascalho, etc.), bem como crianças de várias idades. A socialização de filhotes deve ser sempre um processo divertido e livre de qualquer forma de força.
Leitura recomendada
The ASPCA article on Socializing Your Puppy, click aqui para ler mais
AVSAB Position Statement on Puppy Socialization, click aqui para ler mais
Artigos
Serpell J, Jagoe JA. Early experience and the development of behaviour. In Serpell J (ed). The Domestic Dog, p.82-102, Cambridge University Press 1995
Freedman DG, King JA, Elliot O. 1961. Critical periods in the social development of the dog. Science, 133, 1016-1017
Miller DM, Stats SR, Partlo BS, et al. Factors associated with the decision to surrender a pet to an animal shelter. J Am Vet Med Assoc 1996;209:738- 742
Duxbury MM, Jackson JA, Line SW, Anderson RK. Evaluation of association between retention in the home and attendance at puppy socialization classes. JAVMA, 223 (1), 2003, 61-66
Eskeland GE, Tillung RH, Bakken M. The effect of punishment, rewards, control and attitude in obedience and problem behaviors in dogs. Proceedings IVBM 2007;103-104.
Hilby EF, Rooney NJ, Bradshaw JWS. Dog training methods: their use, effectiveness and interaction with behaviour and welfare.
Animal Welfare 2004;13: 63-69. Bradshaw JW, McPherson JA, Casey RA, Larter LS. Aetiology of separation-related behavior in domestic dogs. Vet Record 2002;191:43- 46.